
Imagine uma época em que zoeira era lei, a faculdade era sinônimo de festa, e ninguém se importava com política de conduta.
Foi nesse cenário que surgiu Clube dos Cafajestes (Animal House, 1978), um dos filmes mais caóticos e influentes da história do cinema. Com toga, cerveja e caos, o longa virou referência quando o assunto é juventude, rebeldia e liberdade.
Lançamento: Um Ataque de Riso em Plenos anos 70
O filme chegou aos cinemas brasileiros em outubro de 1978, com o título local Clube dos Cafajestes.
Nos EUA, havia estreado em julho do mesmo ano e surpreendeu com um sucesso estrondoso: foram US$ 141 milhões de bilheteria para um filme de apenas US$ 3 milhões de orçamento, tornando-se, na época, a comédia mais lucrativa da história.
O Começo da Bagunça: Bastidores da Criação
Produzido pela revista National Lampoon, com direção de John Landis e roteiro de Harold Ramis, Douglas Kenney e Chris Miller, o filme nasceu das memórias universitárias dos autores.
Gravado em apenas 28 dias na Universidade de Oregon, o longa teve clima de farra até nos bastidores.
John Belushi, que fazia parte do Saturday Night Live, voava duas vezes por semana para gravar o programa em Nova York durante as filmagens. Um verdadeiro maratona da comédia.
Personagens que Definiram uma Geração
A história gira em torno da fraternidade Delta Tau Chi, o “lado errado da faculdade”:
- Bluto (John Belushi): o rei da bebedeira e da improvisação.
- Otter (Tim Matheson): galã trambiqueiro.
- Boon (Peter Riegert): o amigo de coração mole.
- Pinto (Tom Hulce) & Flounder (Stephen Furst): os novatos.
- D-Day (Bruce McGill): motoqueiro genial e surtado.
- Reitor Wormer: o vilão da disciplina.
- Neidermeyer & Marmalard: os almofadinhas da fraternidade rival.
- Chip Diller (Kevin Bacon): sim, o primeiro papel do astro!
Curiosidades Que Você Provavelmente Não Sabia
- Belushi recebeu só US$ 40 mil, enquanto Donald Sutherland, com poucos minutos em cena, levou quase o dobro.
- Kevin Bacon e Karen Allen estrearam no cinema aqui.
- A trilha sonora mistura rock dos anos 50/60 com música clássica estilo hino escolar composta por Elmer Bernstein.
- A banda fictícia Otis Day and The Knights fez tanto sucesso que virou real após o filme.
- A clássica cena da Festa da Toga inspirou eventos reais em universidades por anos.
Impacto Cultural: Toga, Rebeldia e Cerveja
Clube dos Cafajestes redefiniu a comédia jovem.
Ele abriu as portas para filmes como Porky’s, American Pie, Superbad e outros.
John Belushi foi eternizado como ícone da comédia, e o espírito “faça o que quiser” virou mantra de uma geração.
Foi além do riso: virou símbolo de liberdade criativa, transgressão estudantil e crítica ao conservadorismo.
Conclusão
Clube dos Cafajestes é mais do que uma comédia: é um manifesto da juventude desbocada e ousada dos anos 70.
Com personagens icônicos, cenas memoráveis e trilha vibrante, o filme segue vivo na memória de quem acredita que faculdade boa tem que ter toga, zoeira e uma boa dose de camaradagem.
Se você nunca viu… Toga! Toga! Toga!