Castlevania: Symphony of the Night – A Obra-Prima Gótica que Redefiniu os Jogos de Ação

Castlevania

Imagine um castelo repleto de criaturas sobrenaturais, portões escondidos, caminhos secretos e uma trilha sonora de tirar o fôlego.
Agora adicione um herói sombrio, filho do próprio Drácula, desafiando o destino da linhagem à qual pertence.
Assim é Castlevania: Symphony of the Night, um dos jogos mais reverenciados da história do PlayStation, e dos videogames em geral.

Lançamento e Desenvolvimento

Lançado originalmente em 20 de março de 1997 no Japão e em outubro nos EUA, Castlevania: Symphony of the Night foi desenvolvido pela Konami, com produção de Koji Igarashi.
Ele se tornou o título responsável por transformar o rumo da franquia Castlevania e dar origem ao gênero conhecido como Metroidvania — em referência à junção de elementos de Metroid e Castlevania.

Ao contrário dos jogos anteriores da série, centrados em fases lineares, Symphony apresentou uma exploração livre em mundo conectado, exigindo progressão baseada em itens, poderes e habilidades.

Enredo

O jogo se passa cinco anos após Rondo of Blood. O protagonista desta vez não é um Belmont, mas Alucard, o filho de Drácula.
Com seu pai novamente ameaçando a humanidade, Alucard acorda de seu sono voluntário para confrontar o caos que se instaurou no castelo.

Durante sua jornada, ele enfrenta diversos chefes, encontra aliados como Maria Renard e se depara com Richter Belmont, que aparenta estar sendo controlado por uma força misteriosa.

Mecânicas e Sistema

  • Exploração não-linear: o castelo pode ser percorrido em qualquer ordem, desde que as habilidades certas estejam disponíveis.
  • Sistema de RPG: nível de experiência, inventário, equipamentos, magias e transformações (lobo, morcego, névoa).
  • Combate fluido: com armas variadas, magias e movimentos especiais.
  • Sistema de espelhos: ao concluir o castelo normal, o jogador desbloqueia o castelo invertido, dobrando o conteúdo e desafiando o domínio do mapa.

Trilha Sonora e Estilo Visual

Composta por Michiru Yamane, a trilha é considerada uma das mais belas dos games, mesclando gótico, rock, jazz e música clássica.

O visual usa sprites 2D altamente detalhados, com animações fluidas e efeitos atmosféricos impressionantes para a época.

Curiosidades

  • A primeira versão americana foi lançada com dublagem em inglês, que se tornou cult pela sua atuação teatral e frases bizarras.
  • O jogo foi inicialmente um fracasso de vendas no ocidente, sendo redescoberto com o tempo e atingindo status de clássico cult.
  • A capa original americana foi criticada por não ter Alucard, e sim um castelo genérico.
  • Alucard já havia aparecido em Castlevania III: Dracula’s Curse (NES), mas retornou com protagonismo nesta versão.
  • Symphony influenciou diversos jogos como Hollow Knight, Dead Cells, Bloodstained: Ritual of the Night e Ori and the Blind Forest.

Conclusão

Castlevania: Symphony of the Night não apenas revitalizou uma franquia — ele estabeleceu um novo padrão para jogos de ação, exploração e ambientação. Com sua estética gótica, estrutura inovadora e personagem icônico, o título se mantém atual e influente, mesmo décadas após seu lançamento.
É um marco definitivo da era 32-bits e uma aula de como criar um universo denso, jogável e inesquecível.

Ben Tobias

Ben Tobias

Especialista em gerar artigos temporários repletos de curiosidades retro e cultura pop. Unindo conhecimento e paixão, é melhor voltar com o artigo completo comendo pão!

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